HISTÓRIA

Fundação da cidade

Por volta de 1839, foi construída uma capela dando origem à primitiva povoação local. O território inicialmente pertencia às Sesmarias da região de Araraquara e era cortado pelas trilhas de expansão de Minas para o interior do Estado.

Os primeiros a se fixarem na região foram famílias mineiras "Gente que estava apenas abandonando o sonho das minas para substituí-lo pelo sonho da permanência, do plantio, da fixação à terra" - Bussab (1992).

Brotas tornou-se distrito de Araraquara em 1841, sendo em 1853 transferido para Rio Claro e, finalmente, tornou-se município em 14 de fevereiro de 1859. O aniversário da cidade é celebrado no dia 03 de maio, por ocasião de uma antiga comemoração católica, a de Santa Cruz.

Brotas teve sua fase de maior desenvolvimento, na década de vinte e trinta (século XX) época da expansão do café para o interior paulista. Viveu em função desta atividade econômica até sua crise definitiva. É marcante a presença de imigrantes italianos e seus descendentes que tiveram influência nos rumos políticos da cidade.

A crise do café trouxe um período de estagnação econômica ao município que na época perdeu população para os grandes centros urbanos. A taxa anual de crescimento da população tornou-se positiva novamente, a partir da década de oitenta.

Atualmente, o município ainda possui uma forte economia agrícola, onde se destaca também a agroindústria da cana, laranja, eucalipto e agropecuária (boi de corte).

Considerando-se a tradição agropecuária, os recursos naturais do município com cachoeiras, matas preservadas e serras, desde meados da década de 90, o turismo de aventura, turismo rural e ecoturismo vêm ganhando destaque, tornando-se alternativa de desenvolvimento sustentável para o município, ganhando grande destaque na economia da cidade gerando emprego e renda.

História do Turismo

No inicio da década de 90, a população de Brotas vinha em constante queda e foi necessário propor alternativas de desenvolvimento para Brotas. Em 1993, o Governo Estadual de São Paulo, realizou uma reunião com prefeitos municipais, para o lançamento do programa de regionalização turística do Estado. O prefeito de Brotas da época participou da reunião e Brotas foi incluída no Núcleo de Turismo das Serras e assim Brotas iniciou o seu trabalho com turismo.

Na mesma época foi criada a Organização Não Governamental (ONG) Movimento Rio Vivo, uma das primeiras do Estado de São Paulo, que lutou contra a instalação de indústrias poluidoras no município de Brotas, com este grupo o ecoturismo e turismo de aventura se apresentavam como as mais atraentes das possibilidades, um caminho onde não houvesse concorrência entre crescimento e perda de qualidade de vida da comunidade.

Em 1993, o governo municipal criou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e apresentou o diagnóstico do Patrimônio Natural do Município.

Em 1994 foi fundada a primeira agência da cidade, que operava passeios de bóia cross e passeios por trilhas acessando cachoeiras. Em 1996 Brotas começou a oferecer o passeio Rafting.

Desde então o governo municipal, junto às agências e operadoras de turismo, hotéis e sítios turísticos vêm promovendo e solidificando as bases do turismo sustentável, agregando serviços transformando-os em produtos turísticos com características bastante próprias.

Em meados de 2000 foram criados os GT´s (Grupos de Trabalhos) de cada atividade de aventura e ecoturismo da cidade. Os GT´s eram compostos pelos profissionais do turismo. Nesse mesmo período foi contratada uma consultora da Esalq, Thereza Magro, para estudos de capacidade de carga nas atividades e sítios turísticos. Assim, juntos ao governo municipal criaram o Projeto de Lei do Turismo Sustentável de Brotas, que é referência nacional e promulgada a lei municipal em 2003.

Brotas foi a primeira cidade do Brasil a criar uma lei especifica de turismo de aventura e natureza e inspirou o Ministério do Turismo e ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) a criar a normalização do turismo de aventura e ecoturismo no Brasil, através do Programa Aventura Segura.

Brotas também recebeu o Certificado do Programa Município Verde e Azul em 2008 e vem mantendo o Selo até hoje, aumentando sucessivamente a pontuação.

A origem do nome Brotas

Recebe quatro hipóteses: Brotas de olho d'água; Brotas de broto de capim (mato que brotava depois de pousadas de trilheiros); Brotas como derivativo de "bolotas" (bolos característicos fabricados no lugar); e a quarta e mais provável, vem das origens da fundadora de Brotas. Dona Francisca Ribeiro dos Reis descendente de portugueses católicos e devota de "Nossa Senhora das Brotas" teria prestado uma homenagem à Santa, dando seu nome à cidade.

Igreja de Santa Cruz
Na Capela de Santa Cruz existe uma imagem do século XIX da referida Santa "Nossa Senhora das Brotas" e em abril de 2010 foi fundada a Igreja de Nossa Senhora das Brotas.

Qual a melhor atividade praticada em Brotas?